Protocolos de estudos pré-clínicos e clínicos para terapêutica oncológica em pacientes portadoras de câncer de ovário e mama.

Pesquisa & Desenvolvimento

Inovação em imunoterapia

Estudos Pré-clínicos

Estudos Pré-clínicos

A caracterização bioquímica e biofísica dos anticorpos e peptídeos

Os estudos pré-clínicos envolvem caracterização bioquímica e biofísica dos anticorpos e peptídeos, bem como avaliação funcional de sua atividade em ensaios in vitro e in vivo. Esses ensaios são realizados em células de animais de laboratório, e seu objetivo é documentar informações de eficácia, segurança e características farmacológicas que antecedem a realização de testes clínicos com seres humanos.

Para caracterização dos anticorpos e peptídeos da ReceptaBio, estudos pré-clínicos foram realizados em parte por pesquisadores da ReceptaBio, mas contando também com diversas parcerias no Brasil e no exterior.

Estudos analíticos e ensaios de afinidade foram realizados pela equipe da ReceptaBio, no Laboratório de Anticorpos Monoclonais no Instituto Butantan, em colaboração com a Prof. Dra. Ana Maria Moro, para os anticorpos RebmAb100 e RebmAb200.

Caracterização funcional, com ensaios in vivo foram conduzidos para o anticorpo RebmAb200 por pesquisadores da ReceptaBio, nos laboratórios do Centro de Medicina Nuclear do Hospital das Clínicas da FMUSP (CMN-HCFMUSP), em colaboração com o Prof. Dr. Carlos Alberto Buchpiguel, Diretor do CMN-HCFMUSP e com o Prof. Dr. Roger Chammas, Professor Titular do Departamento de Oncologia Experimental da FMUSP. Para peptídeos, os ensaios são realizados no Departamento de Microbiologia, Imunobiologia e Parasitologia, Unidade de Oncologia Experimental, sob coordenação do Prof. Dr. Luiz Travassos.

Já os testes de imunohistoquímica têm por objetivo determinar a afinidade bioquímica dos anticorpos com tecidos normais e tumorais de diversos tipos de neoplasia. A imunohistoquímica dos anticorpos RebmAb100, 200, 300 e 400, da ReceptaBio. foi realizada por pesquisadores do Laboratório de Investigação Médica 14 (LIM-14), da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, sob a coordenação do Prof. Dr. Venâncio Avancini Alves, Professor Titular da cadeira de Patologia, cientista de renome internacional na área.

Estudos Clínicos

Estudos Clínicos

Avaliar a segurança e a eficácia dos anticorpos em pacientes

Os estudos clínicos têm por objetivo avaliar a segurança e a eficácia dos medicamentos em pacientes. Classicamente se dividem nas seguintes fases: estudos de Fase I (avaliação de segurança, dosagem e farmacologia), Fase II (segurança e eficácia), Fase III (eficácia e segurança comparativa) e Fase IV (uso terapêutico pós-comercialização).

Os estudos de fase I com o RebmAb100 foram conduzidos nos Estados Unidos e Austrália, pelo Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer (LCR), a saber:

NCT00084799: Monoclonal Antibody Therapy in Treating Patients With Progressive Small Cell Lung Cancer;

NCT00072410: Radiolabeled Monoclonal Antibody in Treating Patients With Advanced Ovarian Epithelial Cancer;

NCT00006099: Monoclonal Antibody Therapy in Treating Patients Scheduled for Surgery to Remove Ovarian Cancer;

NCT00006046: Monoclonal Antibody Therapy in Treating Patients With Advanced Colorectal Cancer.

Após a fase I, a ReceptaBio elaborou protocolos e realizou testes clínicos de Fase II com seu anticorpo monoclonal RebmAb100. Esses protocolos são elaborados pela equipe médica da empresa, em colaboração com os cientistas do LCR. Os testes clínicos são realizados em estrita observância das normas regulatórias brasileiras e internacionais, de forma a garantir o seu licenciamento no mercado internacional. Esses estudos são realizados em centros de excelência hospitalar com documentada experiência em ensaios clínicos.

Os seguintes ensaios clínicos foram ou estão sendo conduzidos pela ReceptaBio:

01. RebmAb100 para Tumor de Ovário em Pacientes Resistentes/Refratárias a Platina – Fase II

O protocolo do estudo clínico RCP-Ov-01.06, “Um Estudo Fase II de Terapia com Hu3s193 para Pacientes com Adenocarcinoma de Ovário, Primário de Peritônio e das Tubas Uterinas, Refratário ou Resistente à Platina” foi elaborado pelo Prof. Dr. Óren Smaletz, na época Diretor Médico da ReceptaBio, em colaboração com cientistas da empresa Biocancer, liderados pelo Prof. Dr. Alberto Wainstein. A condução do estudo foi aprovada pelos comitês de ética em pesquisa (CEPs) dos centros participantes e pela ANVISA. O estudo também foi registrado nos Estados Unidos de modo a atender às exigências da agência regulatória americana, o FDA (Food and Drug Administration), dentro do processo de IND (Investigational New Drug); está registrado no clinicaltrials.gov sob o número NCT00617773 (Hu3S193 in Treating Women With Ovarian Epithelial, Primary Peritoneal, or Fallopian Tube Cancer).

Este estudo clínico deu origem a um pôster, apresentado em 2011, no congresso da ASCO (American Society of Clinical Oncology), o mais importante evento na área de oncologia, e foi posteriormente publicado na Gynecology Oncology, em 2016 (A phase II trial with anti-Lewis-Y monoclonal antibody (hu3S193) for the treatment of platinum resistant/refractory ovarian, fallopian tube and primary peritoneal carcinoma).

02. RebmAb100 para Tumor de Ovário em Pacientes Sensíveis a Platina – Fase II

O segundo estudo clínico envolvendo a administração do anticorpo RebmAb100 a pacientes portadoras de tumor de ovário foi desenvolvido pelo Prof. Dr. Óren Smaletz, na época Diretor Médico da ReceptaBio, em colaboração com cientistas do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer (LCR).

O protocolo do estudo clínico RCP-Ov-01.10, “Um estudo de fase II de terapia de consolidação com o Hu3S193, em pacientes com adenocarcinoma de ovário, primário de peritônio ou das tubas uterinas, recidivado, platino sensível, que alcançaram uma segunda remissão completa”, foi aprovado pelos comitês de ética em pesquisa (CEPs) dos centros participantes e também pela ANVISA. O estudo também foi registrado nos Estados Unidos para atender às exigências da agência regulatória americana, o FDA (Food and Drug Administration), dentro do processo de IND (Investigational New Drug) e registrado nesta agência.

Este estudo contou com a participação de 10 centros de pesquisa brasileiros, abrangendo as regiões do Nordeste, Sul e Sudeste. O estudo se destinou a pacientes com câncer de ovário que não apresentavam sinal da doença após um segundo tratamento e tinha por objetivo aumentar a chance de a doença não voltar ou retardar um possível reaparecimento do tumor. Foi registrado no clinicaltrials.gov sob o número NCT01137071 (Consolidation Therapy With Hu3S193 for Women With Ovarian, Primary Peritoneal or Fallopian Tube Cancer).

03. RebMab100 para Tumor de Mama – Fase II

Este estudo clínico foi patrocinado pelo Ministério da Saúde (MS) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio da Rede Nacional de Pesquisa em Oncologia. A ReceptaBio foi escolhida como empresa parceira do MS e do CNPq para a realização deste estudo clínico, no qual o anticorpo monoclonal RebmAb100 foi administrado a pacientes portadoras de tumor de mama, como consta no Edital CNPq 052-2009. Segundo os termos desta parceria, a ReceptaBio autorizou o uso do anticorpo e transferiu seu know-how na condução de estudos clínicos multicêntricos para as sete instituições participantes da Rede.

O protocolo deste estudo clínico, “Um Estudo de Fase II Multicêntrico de Tratamento com Hu3S193 em Mulheres com Câncer de Mama Avançado com Progressão Após Tratamento Hormonal”, foi aprovado pelos comitês de ética em pesquisa (CEPs) dos centros participantes e também pela ANVISA. O estudo foi registrado nos Estados Unidos para atender às exigências da agência regulatória americana, o FDA (Food and Drug Administration), dentro do processo de IND (Investigational New Drug).

Esse estudo se destina ao tratamento de pacientes com câncer de mama avançado que apresentaram progressão da doença após uma ou duas linhas de tratamento hormonal, e foi registrado no clinicaltrials.gov sob o número NCT01370239 (HumanaH - Hu3s193 in the Treatment of Advanced Breast Cancer After Hormonal Therapy).

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